quarta-feira, 13 de março de 2013

Principais Estilos de Cervejas

Vamos lá, hoje vamos disponibilizar para vocês um apanhado de informações a respeito dos estilos das cervejas.


LARGERS

As Lagers são as cervejas mais consumidas no mundo, responsáveis, por exemplo, por mais de 99% das vendas de cerveja do Brasil.

Originarias da Europa Central no século 14, são cervejas de baixa fermentação ou fermentação a frio (de 6 a 12ºC), com graduação alcoólica geralmente entre 4 e 5%. Tem entre seus tipos mais conhecidos a Pilsener, tipo de cerveja originariamente criada no século 19 na cidade de Pilsen, região da Boêmia da República Tcheca, e que por isso muitas vezes é chamada de Pilsen ou Pils ao invés de Pilsener.

Os subtipos de Larger estão a seguir:

Pale Larger


Lagers Claras ou Pale Largers, o que você mais vê por ai. São tantos subtipos que fica quase impossível decorar todos, portanto listaremos os mais facilmente encontrados:

PILSNER: a Pale Lager original, desenvolvida como receita da cerveja Pilsner Urquell. São caracterizadas por um lúpulo acentuado no aroma e sabor. Também chamadas de Pilsener e Pilsen. Podem aparecer em 2 estilos um pouco diferentes, principalmente devido à escola: Bohemian/Czech Pilsner, representada pela Pilsner Urquell e Budweiser Budvar/Czechvar, ambas Tchecas e meio difíceis de encontrar; German Pilsner, facilmente encontradas nas representantes Bitburger, Warsteiner, Konig Pilsener, Spaten Pils.

AMERICAN LAGER: cerveja leve e refrescante, feita para matar a sede e para serem bebidas bem geladas. É o tipo das cervejas mais populares dos Estados Unidos, com exemplos como Budweiser, Coors e a australiana Foster's. A maioria das cervejas populares no Brasil, como Brahma, Skol, Kaiser e Antarctica, são American Lagers, mesmo que elas se intitulem no rótulo e descrição no verso como Pilsen, talvez até devido à convenção nacional para a classificação de cervejas.

PREMIUM: Cervejas um pouco mais lupuladas e mais maltadas que as Standard Lagers, tem como exemplos a Stella Artois, Heineken e Miller Genuine Draft, facilmente encontradas. Aqui no Brasil, são representadas pela Cerpa, Bavaria Premium, Brahma Extra, Kaiser Gold e outras variações das marcas mais conhecidas. Mas cuidado, em alguns casos a palavra Premium vem sendo usada para diferenciar cervejas que suas cervejarias desejam promover em especial, não sendo necessariamente uma Premium de verdade. Em alguns casos, pode simplesmente significar Lagers com graduação alcoólica acima de 5%.

LITE: variação ainda mais leve que a American Lager, oferecida muitas vezes sob o nome Light ou Lite.

DORTMUNDER EXPORT: variação da Pilsner com menos lúpulo, mais suave, feita em Dortmund em 1873.

HELLES: outra variação com menos lúpulo, mais maltada, feita em Munique. Marcas conhecidas são Löwenbräu Original, Spaten Premium Lager, Weihenstephaner Original e Hofbräu München Original.

DRY BEER: originária do Japão tem a maior parte do açúcar convertido em álcool devido ao longo período de fermentação. Por isso e por seu sabor suave é chamada de seca.

SPECIAL: um tipo mais forte e encorpado, Fica entre a Helles e a Bock em termos de sabor e força.

RADLER: Qualquer Lager Clara misturada com uma limonada típica alemã, chamada de Zitronenlimonade. Geralmente a proporção cerveja/suco é de 50/50 ou 60/40.

Dark Lager


Lagers escuras também são bastante comuns. Três estilos são os mais comuns e facilmente encontrados aqui no Brasil:

MUNCHNER DUNKEL: Dunkel significa escura em alemão, portanto as cervejas Dunkel são cervejas escuras-avermelhadas, produzidas originalmente em Munique, por isso o nome Munchner. Eram as únicas cervejas da região da Baviera, antes da chegada das tecnologias que tornaram possível a criação de cervejas claras. Possuem sabor maltado. Exemplos comuns são Warsteiner Dunkel e Hofbräu München Dunkel.

DARK AMERICAN LAGER: versão americana da Dunkel alemã, menos maltada e mais suave. Uma representante fácil de achar no Brasil é a Warsteiner Dunkel.

SCHWARZBIER: A famosa cerveja preta. Deve ser preta e não somente escura como a Dunkel. A mais antiga da qual se tem documentação é a Kostritzer, de 1534 e feita até hoje. Agora, o tipo é muito comum em todo mundo. No Brasil, pode ser encontrada como Petra Premium, Eisenbahn Dunkel e Bamberg Schwarzbier. É uma cerveja suave, com aromas que remetem ao café e ao chocolate. Também é fácil notar a presença de maltes tostados. Não é esperado que apresente qualquer sabor frutado, sendo mais seca. Também não é doce, portanto não confunda com cervejas do tipo Malzbier brasileiras.

MALZBIER: Cerveja escura e doce, de graduação alcoólica baixa, na faixa dos 3 a 4,5%. Muito famosa no Brasil, não possui muitos correspondentes fora daqui. Na Alemanha, seu país de origem, nem é tratada mais de cerveja e sim bebida energética. Inclusive é pouco classificada em outras fontes, caindo normalmente no grupo de "outras cervejas com baixo teor alcoólico", já que a Malzbier original não chegava nem a 1% de álcool, pois quase não tem fermentação. Quase toda cervejaria brasileira tem sua versão, portanto basta procurar por Brahma Malzbier, Antarctica Malzbier, NovaSchin Malzbier e assim por diante. Trata-se de uma american pale lager na qual, após a filtração, são adicionados caramelo e xarope de açúcar, ai a coloração escura (que não vem do malte tostado) e o sabor adocicado.

VIENNA: O estilo Vienna é originário da Áustria, de cor marrom avermelhada, tem corpo médio e um sabor suave e adocicado de malte levemente queimado. Graduação alcoólica entre 4,5 e 5,7%. Um exemplo é a mexicana Negra Modelo, a Dos Equis Ambar e a Samuel Adams Vienna Style Lager.

BOCK: A palavra Bock é resultado da quebra da palavra EinBeck, cidade natal deste tipo de cerveja. Em alemão também significa cabrito. Por isso algumas cervejas colocam imagens deste animal em cervejas do tipo Bock.
Por tradição são avermelhadas, mas podem ser também de cor marrom. Possuem um complexo sabor maltado devido às misturas de maltes de Viena e Munique. A graduação alcoólica é alta, indo normalmente de 6% nas Bocks Tradicionais até 10% nas Doppelbock e 14% nas Eisbock, tipos diferentes de Bock. Outra variação de Bock é a Maibock ou Helles Bock, uma bock clara, de até 7,4% de álcool.
Exemplos de Bock são a Kaiser Bock, velha conhecida dos brasileiros, e a Paulaner Salvator, uma doppelbock.

MARZEN: Produzidas na Bavaria durante o mês de março (März em alemão) especialmente para a Oktoberfest, as Märzen podem ser claras ou escuras e ficam entre 4,8 a 5,6% de álcool.
Também é chamada de Oktoberfestbier. Chamadas de "As Grandes 6", as cervejarias que produzem este tipo são: Augustinerbräu, Hacker-Pschorr, Hofbräuhaus, Löwenbräu. Paulaner e Spaten.

KELLER e ZWICKEL: Keller e a Swickel são cervejas pouco comum, não são filtradas (portanto turvas) nem pasteurizadas (servidas na pressão e não engarrafadas), e ficam maturando de maneira exposta, sem cobertura. Pode ser bem amarga e tem álcool médio.

MALT LIQUOR: Malt Licor é um termo surgido nos Estados Unidos para classificar as lagers fortes que têm alto teor de álcool devido à adição de açúcar, enzimas ou outro ingrediente em complemento ao malte. Geralmente são licorosas no paladar e não muito amargas, pois em muitos casos nem levam lúpulo. Não devem ser confundidas com as cervejas do tipo Barley Wine, que apesar de também fortes no álcool, alcançam tal graduação devido às técnicas europeias sem adição de açúcar ou enzimas.
Também são chamadas de Super Strenght e Super Forte. Um exemplo é a Amsterdam Maximator, com 11,6% de álcool, e a Bavaria 8.6.


ALES


O que a difere das Lagers é o tipo de fermentação, que é feita em temperaturas mais altas, geralmente entre 15 e 24ºC. É um processo antigo de fabricação, o que fez com que as cervejas do tipo Ale fossem as únicas disponíveis até meados do século XIX, quando foi inventada a baixa fermentação (Lager).
Dada essa “antiguidade”, aliada principalmente à fermentação a quente, os sabores complexos, maltados e lupulados das cervejas Ale são incomparavelmente mais perceptíveis, sendo cervejas mais encorpadas e vigorosas.
Assim ao longo dos séculos, surgiram inúmeros subtipos de cervejas Ale. A seguir, falaremos um pouco sobre os subtipos que você encontrará mais frequentemente:

Pale Ale


São as Ales claras, com graduação alcoólica até 6%. Foram criadas para competirem com as cervejas Pilsen durante a Segunda Guerra Mundial, portanto compartilham a característica de serem mais suaves. É um dos maiores grupos de cerveja e possui alguns subtipos ou sub-nomes:

AMERICAN PALE ALE, como a Sierra Nevada Pale Ale, designa as americanas mais claras.

ENGLISH PALE ALE, também chamada de ENGLISH BITTER, ou apenas BITTER, nome usado na Inglaterra por serem mais amargas que as demais cervejas, como as Porters por exemplo. Podem ser Standard BitterEspecial Bitter ou Extra Special Bitter/ESB.

BELGIAN PALE ALE, as Ales claras belgas.

BELGIAN BLOND ALE, algumas vezes chamadas de Golden Ale também, são as Pale Ales mais douradas e um pouco mais encorpadas.

INDIA PALE ALE ou somente IPA, como a Colorado Indica, cerveja carregada em lúpulo, criada pelos ingleses para aumentar o tempo de conservação da cerveja que seria levada para as viagens pela Índia. Varia na intensidade de amargor e percentual de álcool de acordo com o subtipo, da menor pra maior: English IPA, American IPA e Imperial IPA.

Amber/ Brown e Red Ale


Diferenciando-se em coloração principalmente, mas também acompanhando em corpo e potência, estão algumas outras categorias de estilo:

AMERICAN AMBER ALE, usado na França e EUA para classificar as Ales um pouco mais escuras.

AMERICAN BROWN ALE, mais escura e maltada e menos lupulada que suas "irmãs" American Pale e Ambar Ale.

ENGLISH BROWN ALE, denomina as inglesas mais escuras. Podem ser MildSouthern ou Northern. A New Castle Brown Ale, famosa e até fácil de encontrar por aqui, é uma Northern English Brown Ale.

RED ALE, avermelhada devido ao uso de um pouco de malte tostado. Também chamada de IRISH RED na Irlanda. Um exemplo comercial que desde 2008 pode ser encontrado no Brasil é a Kilkenny Irish Beer, da Diageo, mesma empresa que faz a Guinness.

Altbier


Altbier, ou simplesmente Alt, proveniente da região de Düsseldorf na Alemanha, seguem o estilo antigo de produção de Ales, antes mesmo do surgimento das Lagers. É muitas vezes considerada uma ligação entre as cervejas Ales e as Lagers, por ser feita com fermento de Ale, porém fermentada em temperatura de Lagers. Podem ser Dusseldorf Altbier ou Northern German Altbier. Um exemplo desse último estilo é a holandesa Grolsch Amber Ale, no Brasil a Bamberg também tem uma cerveja com este estilo.

Scotch Ale


Ales da escola escocesa, variando, principalmente em potência, entre Light, Heavy, Export e Strong.

Saison


Feitas em Wallonia - Bélgica, as Saison chegam a ser comparadas a vinhos tintos devido à fermentação e sabores presentes em comum.

Bièrre de Garde

Cerveja de guarda feita principalmente na França, na região de Pas-De-Calais, as Bière de Garde são feitas para durarem anos, normalmente têm uma última fermentação na garrafa e muitas vezes são vendidas em garrafas com rolhas. Janlain Amber e La Choulettesão bons exemplos não tão difíceis de encontrar.

Strong Ale


Denominação genérica que inclui uma variada gama de cervejas que podem ser claras ou escuras. Possuem alto teor alcoólico, que vai de 6% e pode chegar a 12%. Podem ser saborosas e balanceadas, “inserindo” harmoniosamente o álcool no conjunto, ou podem ser simplesmente fortes e desbalanceadas, evidenciando a gradação alcoólica.
Dentro deste subtipo estão as Barley Wines - quase tão fortes quanto vinho - e também as Old Ale, como a Fuller's 1845, agora facilmente encontrada no Brasil.

Belgian Strong Ale


Produzidas principalmente na Bélgica, estas possuem algumas características diferenciadas que as fazem cair em um agrupamento diferenciado.

DUBBEL: Cerveja do tipo Ale na qual o mestre cervejeiro adiciona o dobro da quantidade de malte do que uma cerveja “comum”. Geralmente balanceadas e de teor alcoólico mediano, possuem bom corpo e carbonatação alta.

TRIPEL: Cerveja na qual se adiciona três vezes mais malte do que em uma cerveja “comum”. Possuem, em geral, coloração amarelo-dourado, creme denso e consistente e a graduação alcoólica girará entre 8 a 12%. Aroma e sabor são complexos, macios e com forte presença de frutas o que, às vezes, pode lhe conferir um paladar adocicado. Excelente equilíbrio entre o lúpulo e o fermento utilizado na fabricação.

ABT/QUADRUPEL: São cervejas mais escuras e mais ricas, utilizando o quádruplo de malte do que em uma cerveja “comum”. O volume de álcool é sempre forte, muitas vezes ultrapassando os 10%%. Entram aqui a famosíssima Westvleteren 12 e também a Rochefort 10 e La Trappe Quadrupel.

GOLDEN STRONG ALE: São as loiras mais fortes e encorpadas, até 10,5% de álcool, com coloração amarelo-dourado e sabor é frutado. Entram neste grupo: Duvel e Delirium Tremens, entre outras.

DARK STRONG ALE: São as Belgian Ales escuras, fortes e encorpadas. Com várias representantes de peso, como Chimay Bleu, Rochefort 8 e Gulden Draak, essa categoria tem cervejas que chegam a 11% de álcool.

Belgian Speciality Ale


São as temperadas, só que belgas. Também entram aquelas belgas que, por um motivo ou outro, não se encaixam dentro de nenhuma outra categoria das belgas, portanto caem aqui como Belgian Specialty Ale. Mesmo assim, não pense que este estilo é pouco conhecido. Aqui está a trapista Orval, odiada por muitos, amada por muitos também. Também está a La Choufe, a Unibroue Maudite e a McChouffe. 

Kölsh


Do berço alemão de cervejas e de coloração dourada, é normalmente mais doce e com menos lúpulo que as suas irmãs. Em muitas receitas leva vários grãos, inclusive trigo. Pela regra, somente cervejas feitas em Köln (Colonia) poderiam levar o nome Kölsch, assim como ocorre com o Champagne. Entretanto, temos casos de cervejas brasileiras, como a Eisenbahn e a Bamberg, que oferecem sua versão.

Weissbier


Produzida principalmente pelas grandes cervejarias alemãs como HB, Paulaner, Erdinger, Franziskaner e Weihenstephan, é uma cerveja feita a base de trigo e característica do sul da Alemanha, região da Baviera. São cervejas claras e opacas, onde sobressai o trigo com o qual foram produzidas, bem como sabores frutados (banana e maça), cravo e florais. Bastante refrescantes e de graduação alcoólica moderada (entre 5 e 6%), são opacas e normalmente não filtradas. Produzem, em geral, um creme denso e persistente. Aqui no Brasil a Bohemia fabrica sua versão, chamada Bohemia Weiss, mas as mais conhecidas são as Alemãs.

As variedades possíveis são:


HEFEWEIZEN, de cor amarelada-marrom opaca, pois a levedura não é filtrada. Erdinger Hefeweizen é a mais conhecida aqui no Brasil.

KRISTALLWEIZEN, de cor clara e transparente, leve na degustação. Normalmente é filtrada, não tendo adição de levedura diretamente na garrafa. Um exemplo é a Franziskaner Weissbier Kristallklar.

DUNKELWEIZEN ou HEFEWEISSBIER DUNKEL, cerveja de trigo escura, de gosto mais forte. A Erdinger tem sua versão, aquela com rótulo preto, chamada de Erdinger Weissbier Dunkel.

WEIZENSTARCKBIER ou WEIZENBOCK, cerveja tipo bock com uma graduação alcoólica entre 5% e 12%. Exemplo é a Aventinus, feita pela G. Schneider & Sohn.

BERLINER WEISSE ou BERLIN WHITE (cerveja branca berlinense), de graduação alcoólica entre 2 e 4% e de cor amarelada e opaca. Por ser levemente azeda, é comum adicionarem xaropes doces de frutas.

WITBIER (BELGIAN WHITE), esbranquiçadas devido às leveduras e ao trigo suspenso (daí o nome). Possui um toque cítrico de laranja, já que a casca da fruta é usada como complemento ao lúpulo. Também leva "coriander", conhecido por nós como semente de coentro. A marca mais representativa é a Hoegaarden, além da Unibroue Blanche de Chambly.

BIÈRE BLANCHE ou BLANCHE: apenas o nome em francês para as cervejas de trigo

RUSS: cerveja de trigo com acréscimo de suco de limão (Zitronenlimonade), assim como ocorre com a Radler.

Stout


Cervejas negras opacas, dotadas de forte sabor de chocolate, café e malte torrado, pouca carbonatação. Sua origem remonta à época em que parte da produção das cervejarias inglesas era destinada à Rússia e aos países bálticos. Para suportar a viagem, essas cervejas possuíam – assim como possuem hoje – alto teor alcoólico, variando de 8 a 12%.

Sua representante mais famosa é a Guinness.

Também apresenta diversos subtipos: Dry Stout, Sweet Stout, Oatmeal Stout, Foreign Extra Stout, American Stout e Russian Imperial Stout.

Porter


Comumente confundida com as Stouts, tem lá sua razão de ser: o nome Stout surgiu de uma diminuição do nome "Stout Porter", usado para classificar as Porters mais fortes. Portanto, a Porter é uma cerveja mais suave que sua parente Stout, normalmente com 1 a 2% a menos de álcool. Pra se ter uma idéia de como uma coisa levou à outra, a cervejaria Guinness produzia Porters até 1974.

As Porters são cervejas escuras, típicas da Inglaterra, e não tão fáceis de se encontrar aqui no Brasil. Podem ser Brown Porter ou Robust Porter. Uma cerveja típica do estilo é a Old Engine Oil, da cervejaria escocesa Harvieston.

Outra variedade, chamada Baltic Porter, tem mais álcool e, apesar de ter começado como Ales, hoje são normalmente Lagers.


LAMBIC


A maioria dos especialistas classifica as cervejas do tipo Lambic como uma terceira categoria, em separado das Lagers e Ales, por causa do seu tipo de fermentação, que é espontânea.

São feitas de trigo, porém não são adicionadas leveduras no mosto, ficando a fermentação a cargo dos agentes naturais, os quais são encontrados somente numa pequena área ao redor de Bruxelas. Daí a dificuldade em encontrá-las, bem como o seu preço elevado.

Trata-se de um tipo muito peculiar de cerveja, dotada de uma gama extremamente numerosa de aromas, os quais vão do frutado (como framboesa, cereja ou banana) ao extremamente cítrico (como vinho branco ou vinagre).

É o tipo mais antigo de cerveja feito no mundo, fato que, por si só, exige que você as experimente. Seus subtipos são:

Lambic-Fruit


No processo de fabricação, após a fermentação espontânea ter começado são adicionadas frutas inteiras, como pêssegos, framboesas e cerejas. A fermentação propriamente dita é realizada pelos micro-organismos presentes dentro da fábrica. Algumas lendas dão conta que as caves onde são produzidas as Lambics jamais são limpas, a fim de manter o equilíbrio original dos bolores essenciais ao caráter da cerveja que se quer produzir. Após este processo, a cerveja permanece por cerca de três anos maturando em barris de carvalho. Trata-se de uma cerveja cujo teor alcoólico é relativamente baixo (não ultrapassa os 6%), bem como a carbonatação, o que faz com que o creme, quando há, não seja denso. As Lambic tradicionais, muito mais ácidas, levam a denominação “Oud” a fim de diferenciá-las das jovens e comerciais, mais doces e balanceadas. No subtipo Lambic-Fruit estão às conhecidas Kriek (de cereja ácida) e as Framboise (de framboesa).

Straight/Unblended


Lambic pura, sem misturas de frutas, açúcares ou misturas de diferentes barris. São pouquíssimos os exemplos comerciais. Um deles é a Cantillon Grand Cru Bruoscsella.

Gueuze


Trata-se de um “blend” de Lambics novas (1 ano) e antigas (2 a 3 anos), retiradas de vários barris diferentes no processo de fabricação, e que são engarrafadas para uma segunda fermentação.

Geralmente as Lambic - Gueuze são menos ácidas e mais balanceadas, algumas assemelhadas ao champagne. Inclusive, tradicionalmente são servidas em garrafas ao estilo champagne.

Representantes do estilo são Cantillon Gueuze, Mort Subite Gueuze e Lindemans Gueuze Cuvée René.

Faro


É a Lambic com açúcar. Mais saborosa, leve e sem a acidez característica das outras Lambics, é o tipo mais aceito pelo mercado. Por outro lado, perde em complexidade para os outros tipos de Lambics. Um exemplo é Lindemans Faro Lambic.

OUTRAS


Trapistas


Não são consideradas propriamente um estilo único, pois algumas são Dubbel, Tripel ou Quadrupel. Todavia, dado o fato de algumas cervejas trapistas serem consideradas as melhores do mundo por inúmeros especialistas, merecem ser “separadas” das outras.

A Ordem Trapista (oficialmente, Ordem dos Cistercienses Reformados de Estrita Observância) é uma congregação religiosa católica. Seus monges seguem o princípio fundamental do ora et labora, vivendo em grande austeridade e silêncio. Fazem três votos: pobreza, castidade e obediência. Assim, as cervejas, fabricadas em pequenas quantidades no interior dos mosteiros muitas vezes são difíceis de ser encontradas no mercado, já que os monges não as comercializam com o propósito do lucro, mas apenas para manter o funcionamento da própria abadia e alguns serviços de caridade.

Atualmente, a ITA (International Trappist Association), entidade criada com o propósito de definir as regras do estilo e proteger o nome do uso abusivo por parte de outras marcas, possui como membros apenas sete abadias trapistas, seis na Bélgica (Westvleteren, Chimay, Orval, Achel, Wesmalle e Rochefort) e uma na Holanda (Koningshoeven, onde são fabricadas as cervejas La Trappe). A entidade criou, também, um selo de identificação que só pode ser utilizado em produtos trapistas autênticos.

Algumas cervejas trapistas possuem tempo de guarda de mais de 10 anos.

Abbey (ou cervejas “de abadia”)


Também não são consideradas um estilo, mas, diferentemente das trapistas, as cervejas “de abadia” não possuem origem controlada. Podem ser produzidas em grandes fábricas e comercializadas normalmente, desde que a sua receita original tenha sido originária de uma abadia, a qual pode ou não ser da ordem trapista.

Rauchbier


Literalmente, cerveja defumada. Pode ser de vários estilos, como Marzen e Weizen, desde que usem maltes defumados no seu preparo. Acompanham muito bem charutos e cachimbos, por motivos óbvios.

Fruit Beer


Qualquer estilo de cerveja misturado com frutas ou suco de frutas. Não confundir com as Fruit Lambics.

Temperadas - SHV


São cervejas de qualquer estilo que acabam não se enquadrando no mesmo, pois são temperadas com especiarias, ervas e vegetais, alterando a fórmula e fazendo-as fugir das características padrão de cada estilo. Também chamadas de SHV do inglês Spice/Herbe/Vegetable.



Curiosidade:


CHOPE
Também chamado Chopp, vem da palavra alemã Schoppe (mais exatamente do dialeto Alsaciano), nome de uma caneca de quase meio litro. É nada mais nada menos do que uma cerveja não pasteurizada. Por esse motivo, pode ter variações assim como acontece com a própria cerveja, seguindo vários dos estilos acima citados. Por não ser pasteurizado, dura, dentro do barril, cerca de 10 dias e, após aberto, não mais que 24 horas.



Referências:
www.cervejasdomundo.com  -  www.wikipedia.com  -  www.gastronomias.com    -   www.bjcp.org  -  www.brejas.com.br





Aproveitem e curtam nossa fanpage no facebook, começaremos a publicar novidades, curiosidades, entre outras informações sobre esse universo fantástico da Cerveja. Curtindo a página vocês receberão estas informações e ajudarão a divulgar a Confraria Ceres.


Twitter: @ConfrariaCeres




terça-feira, 12 de março de 2013

BeerBox Março


É chegada a hora, o segundo BeerBox esta definido e a caminho, em anexo enviamos o BeerCard, com as 4 cervejas que fazem parte do esperado Box.

As cervejas deste mês foram escolhidas com o intuito de aguçar a percepção do confrade com cervejas de mesmo estilo, mas de escolas diferentes. Então teremos duas cervejas do estilo Pilsen, de escolas diferentes e tradicionalíssimas, sendo uma Tcheca e outra Alemã, e as outras duas são Pale Ale, sendo uma da escola Inglesa, a mais tradicional neste estilo de cerveja e outra da escola Americana, com receitas diferenciadas e um sabor marcante.

domingo, 24 de fevereiro de 2013

Um pouquinho da História da Cerveja!!!!


Apesar de países como a Alemanha, Bélgica e República Tcheca serem mundialmente conhecidos pela produção de cerveja há séculos, a história da cerveja está diretamente ligada à origem da civilização. Não se pode afirmar que a cerveja foi inventada.  A cerveja foi descoberta por obra do acaso, ou de Deus, para os que veem essa bebida como uma dádiva divina. Na antiguidade, embora o homem já dominasse a técnica de produzir bebidas fermentadas, pelo processo de malteação de grãos, como os sumérios e os assírios, há 5000 anos desenvolveram a arte de fabricar cerveja. Porém, acredita-se que o processo de fabricação da cerveja tenha surgido por acaso.


É bem provável que um grupo de agricultores tenha armazenado a colheita dos grãos em vasos. Uma eventual chuva pode ter umedecido a porção que, em seguida, foi posta para secar. O processo de produção de cervejas diz que é preciso fazer uma espécie de sopa desses grãos umedecidos ou secos, um malte verde. Se essa sopa ficou no tempo, abandonada, ela provavelmente sofreu um processo de fermentação em virtude dos micro-organismos presentes na atmosfera. A partir do açúcar, o álcool produzido pela fermentação desse mingau dá o surgimento de uma cerveja primitiva.
Os povos começaram a deixar de ser nômades com essa descoberta e começaram a cultivar cevadas e trigo intencionalmente, em vez de simplesmente coletaram grãos selvagens para consumo. Porém, a cerveja provavelmente foi um dos fatores que ajudaram a humanidade a se afastar da caça e da coleta, indo à direção da agricultura e de uma vida sedentária baseada em pequenos assentamentos. Embora as origens dessa antiga bebida permaneçam inevitavelmente envoltas em mistérios e conjunturas, não há dúvida de que a vida diária dos egípcios e mesopotâmios era impregnada de cerveja.
Os sumérios e os babilônios foram os primeiros a deixar para as gerações posteriores um registro de como se fabricava cerveja. Um monumento conhecido como Pedra Azul, que se encontra hoje exposto no Museu do Louvre em Paris, data dos primórdios da civilização suméria, cerca de seis mil a.C. e contém inscrições sobre a produção. Conforme registros, esses povos dominavam os processos produtivos de mais ou menos 20 tipos de cervejas diferentes e o principal deles dava origem a uma bebida conhecida como Sikaru, utilizada para honrar os deuses e para alimentar os doentes.
No código de Hamurábi, escrito por volta de 1730 a.C. existem vários sinais sobre a importância social da cerveja. Como por exemplo, o afogamento do cervejeiro em sua própria bebida caso ela fosse intragável, pena de morte aos sacerdotes que fossem encontrados em bares e também que a moeda de pagamento pela venda da cerveja deveria ser em grãos de cereais.
Alguns anos mais tarde, a bebida chegou ao Egito - como demonstram hieróglifos - e, no país, passaram a ser produzidas variedades como a Cerveja dos Notáveis e a Cerveja de Tebas. Os egípcios divulgaram a cerveja entre os povos orientais e foram os responsáveis pelo ingresso da bebida na bacia do Mediterrâneo e, de lá, para a Europa e todo o mundo.


Na Idade Média, vários mosteiros fabricavam cerveja, empregando diversas ervas para aromatizá-la, como mírica, rosmarinho, louro, sálvia, gengibre e o lúpulo, utilizado até hoje e introduzido no processo entre os anos 700 e 800. Foi graças aos monges do mosteiro San Gallo, na Suíça, que o lúpulo começou a fazer parte, definitivamente, da composição da cerveja. Os ingredientes básicos da bebida são água, malte, lúpulo e leveduras. A variação desses ingredientes e do processo de fabricação, no entanto, resultaram em diferentes tipos de cerveja. Os mosteiros acabaram desempenhando um papel importantíssimo em expandir o consumo da cerveja, já que na idade média, os mosteiros funcionavam como hospedagem e abrigo para peregrinos, fornecendo não apenas um lugar para descansar o corpo, mas alimentos, bebidas e conforto espiritual.
A Lei Alemã de Pureza (Reinheitsgebot) é o mais antigo código de alimentos do mundo, pois ainda está em vigor na Alemanha. Foi instituída em, 1516 pelo duque Guilherme IV, da Baviera, com o objetivo de regulamentar o processo de manufatura da cerveja. A Lei Alemã de Pureza estabelece que os únicos elementos aceitos na fabricação de cerveja são: água, malte, lúpulo e levedura.
Hoje em dia, a indústria cervejeira pode ser caracterizada por duas grandes tendências: a primeira é representada pelas grandes fusões entre gigantes cervejeiros, que criam empresas cada vez maiores e com vendas impressionantes. A segunda é representada por pequenas e médias empresas que desenvolvem produtos para apreciadores e baseadas nas tradições dos locais onde se encontram implantadas.


No Brasil, a primeira cerveja fabricada foi a Bohemia, em 1853, marca hoje pertencente à AmBev - Companhia de Bebidas das Américas. É uma cerveja clara, do tipo pilsen, de médio teor alcoólico.

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Um pouquinho sobre a Confraria Ceres



De onde vem o nome CONFRARIA CERES?
Confraria - Um conjunto de pessoas que se associam (como irmãos / irmandade), tendo em vista interesses e objetivos comuns.
Ceres - Deusa romana da agricultura e da fertilidade, nome este que deu origem a palavra cerveja, vinda do latim “cerevisia” ou “cervisia”.

E qual o objetivo da Confraria Ceres?
A Confraria Ceres tem como objetivo disponibilizar os mais diversos rótulos de cervejas especiais, produzidas ao redor do mundo todo, aos seus confrades.

Como surgiu a ideia da Confraria Ceres?
Essa ideia surgiu depois de vários copos de cerveja, onde dois grandes amigos queriam encontrar uma forma de sempre experimentar novas cervejas, com um bom custo-benefício.

Como Funcionará a Confraria Ceres?
Todos os meses serão até 4 rótulos de cervejas diferentes e escolhidos aleatoriamente dentre os mais de 200 rótulos disponíveis até agora, isso fará com que estejamos sempre provando as melhores cervejas do mundo.

Qual o preço? Terá Mensalidade?
O objetivo inicial desta Confraria não é comercial, como dito acima o objetivo e montar uma rede de amigos que gostam de uma boa cerveja e querem pagar um ótimo preço nestas, desta forma, será repassado apenas o valor das cervejas, então estes valores podem variar mês  a mês, mas para que seja possível um planejamento financeiro, os valores giraram na casa dos R$ 65,00, não ultrapassando os R$75,00.

Como Funcionará a entrega?
A ideia para este primeiro grupo é marcarmos para que as cervejas sejam retiradas pessoalmente, e caso os membros queiram, os Boxes podem ser enviados via motoboy para Curitiba, é só indicar o motoboy e encaminharemos.
E para aqueles que têm o objetivo de, além de terem disponíveis excelentes rótulos a preços de custo, bebermos juntos, vamos nos juntar para degustarmos estes rótulos.

Onde serão as reuniões?
Estamos montando uma pareceria com outro amigo que cederá o espaço no mercado Municipal, é o Box Al Almasor, estamos planejando nos reunir logo após o trabalho e ficarmos entre as 18 e 20 horas degustando as cervejas e estará disponível, àqueles que tiverem interesse, um cardápio especial para harmonização com as cervejas do Box.